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24 de Abril de 2024
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    Oposição se une contra plebiscito

    há 11 anos

    Os presidentes dos maiores partidos de oposição se posicionaram contra a realização de plebiscito sobre pontos da reforma política em nota divulgada nesta quinta-feira. Aécio Neves (PSDB), José Agripino (DEM) e Roberto Freire (MD) chamaram a intenção da presidente Dilma Rousseff de "manobra diversionista" e saíram em defesa da realização de um referendo, quando o povo aprova ou rejeita uma decisão já tomada pelo Congresso.

    Enquanto a presidente Dilma estava reunida com líderes da base aliada no Palácio do Planalto, as lideranças da oposição unificaram um discurso contra os pactos assumidos por ela na última segunda-feiram 24. "A iniciativa de plebiscito, tal como colocada hoje, é mera manobra diversionista, destinada a encobrir a incapacidade do governo de responder às cobranças dos brasileiros, criando subterfúgios para deslocar a discussão dos problemas reais do país", diz a nota.

    A eleição em que a população escolhe uma entre diferentes propostas sobre um tema, como prevê o plebiscito, é um dos pactos assumidos por Dilma, anunciada em reunião com governadores e prefeitos na segunda-feira, sem consulta anterior aos parlamentares. "Somos favoráveis à consulta popular. Mas não sob forma plebiscitária do sim ou não. Legislação complexa, como a da reforma política, exige maior discernimento, o que só um referendo pode propiciar.", destacou a nota.

    Criticando os gastos que se possa ter com o plebiscito, Aécio Neves defendeu o referendo, destacando que ele pode ocorrer, inclusive, junto com as eleições do ano que vem."A construção de um plebiscito é muito complexa. Essa é a responsabilidade do Congresso, submeter a decisão a um referendo popular", disse o senador, que é um provável concorrente de Dilma nas eleições do ano que vem.

    Para Aécio, Agripino e Freire, a presidente tenta acalmar as vozes que tomaram conta das ruas nas últimas semanas com uma promessa de um novo sistema política, mas tenta dar visibilidade a realização do plebiscito depois de ser derrotada na"tentativa golpista de uma constituinte restrita"."Se tivesse, de fato, desejado tratar com seriedade esta importante matéria, a presidente já teria, nesses dois anos e meio , manifestado à nação a sua proposta para o aperfeiçoamento do sistema partidário, eleitoral e político brasileiro", afirmam na nota.

    Encontro

    O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), disse que nenhum convite formal de encontro com a presidente foi feito até o momento. Essa conversa com a oposição é outra promessa feita por Dilma ainda na segunda-feira, depois de propor o plebiscito, uma prerrogativa do Congresso, sem falar, sequer, com os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do Senado, Renan Calheiros. "Não sou convidado por rádio, notícia de jornal ou pela imprensa. Ela precisa formalizar esse encontro.", disse o senador.

    Líderes do governo dizem que a reunião deve ocorrer na próxima segunda, 1. Antes disso, afirmou Aloysio, quando o convite seja formalizado, as lideranças de oposição vão se reunir para definir as diretrizes que pretendem tratar no encontro.

    Segundo o presidente do DEM, senador Agripino, o grupo deve apresentar uma pauta com 26 propostas detalhadas. "O documento sugere a redução pela metade no número de ministérios e cargos comissionados do governo federal e revogação do decreto que proíbe a divulgação dos gastos em viagens presidenciais.", explicou. Também há pontos sobre educação, saúde e segurança. Na Câmara, as lideranças de oposição também se reuniram e já anteciparam que, na reunião com a presidente, não aceitarão a restrição do debate à reforma política. Os líderes do PSDB, Carlos Sampaio (SP), do DEM, Ronaldo Caiado (GO), e do PPS, Rubens Bueno (PR), destacaram que a proposta de plebiscito é apenas para desviar o foco das insatisfações populares. "Não temos nada contra plebiscito, mas temos a capacidade de diagnosticar quando uma proposta é honesta e quando é uma cortina de fumaça para esconder outras mazelas", afirmou Caiado.

    "Não está na pauta das ruas como ponto tópico a questão da reforma política, a população está cobrando melhorias na educação, na saúde e no transporte, além do combate à corrupção", disse Sampaio. "Pela forma como a presidente está tratando o assunto, parece que nada do que é pedido nas ruas é contra o governo", complementou Bueno.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/oposicao-se-une-contra-plebiscito/100584524

    1 Comentário

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    Não tem jeito. Em face das inconsequências generalizadas, é renúncia já do governo e do parlamento. Não se salva ninguém.

    Agora tomam atitudes com o fim de minorar a pressão popular.

    Renúncia já!

    Ouviram do Ipiranga. continuar lendo